Fadiga mental, estresse, ansiedade e até doenças oculares são sintomas relatados devido ao excesso de exposição às plataformas virtuais
A pandemia do novo coronavírus forçou o fechamento das escolas em Alagoas e, para evitar o atraso no calendário acadêmico e déficit de aprendizagem, muitas instituições precisaram adaptar suas aulas recorrendo ao ensino a distância.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última quinta-feira (20), o acesso a atividades educacionais remotas é realidade na vida de 32,6 milhões de estudantes em todo o país. Mas, apesar do crescimento do ensino a distância, é preciso ficar atento às consequências que o excesso de exposição às plataformas virtuais pode causar.
Segundo o psicólogo Carol Costa Júnior, do Sistema Hapvida, aulas remotas podem provocar estresse e ansiedade em crianças e, por isso, devem ser supervisionadas por um adulto responsável.
"Diante do cenário atual, nunca foi tão necessário o uso da internet. O que era tendência, agora é realidade. O problema é que o uso prolongado das plataformas virtuais requer atenção e cuidado porque pode gerar doenças oculares, fadiga mental e física, trazendo, assim, problemas emocionais e psicológicos", afirma.
"CANSAÇO INFANTIL" ESTÁ LIGADO A DISTÚRBIOS DO SONO E DEPRESSÃO
O que muitas pessoas não sabem é que a exposição contínua à tela de computadores, smartphones e notebooks agrava quadros de miopia e também pode ser responsável pelo chamado "cansaço infantil" - ligado a distúrbios do sono e depressão.
Para evitar esse e outros problemas de saúde em crianças, o terapeuta faz um alerta: a palavra-chave chama-se equilíbrio. "Se a criança apresentar qualquer mudança de comportamento, os responsáveis devem interferir. É necessário equilibrar momentos de interatividade virtual com momentos de interatividade no mundo real, com pais, colegas e pessoas mais próximas", finaliza.