A pandemia da Covid-19 está longe de acabar, mesmo após a infecção, os sintomas da doença podem persistir em muitos pacientes. Essas manifestações persistentes são conhecidas como síndrome pós-covid.
A infectologista e diretora nacional de infectologia do Sistema Hapvida, Dra. Silvia Fonseca, explica que a Covid longa tende a ocorrer com mais frequência em pacientes que sobreviveram à versão grave da doença, mas também pode acometer pessoas que tiveram Covid-19 nas versões leve e moderada, sem precisar de hospitalização.
“Os sintomas mais persistentes são fadiga, dificuldade de concentração, dificuldades respiratórias, tosse, dores musculares, dores articulares, dores no peito, depressão, ansiedade, dor de cabeça, tonturas, perda do olfato e paladar”, destaca.
E não são só os adultos que podem estar suscetíveis à Covid persistente como muitos pensam. Um estudo da Academia Americana de Neurologia, divulgado recentemente, apontou que metade das crianças que tiveram síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica após a Covid-19 apresentou algum sintoma neurológico.
Cuidados devem ser redobrados
Dra. Silvia Fonseca diz que a melhor maneira de evitar complicações a longo prazo é prevenir a Covid-19. “É muito importante manter todos os cuidados mesmo após a cura da infecção, o que significa lavar bem as mãos com água e sabão, fazer uso frequente de álcool em gel e manter o distanciamento social”, ressalta.
“Se o paciente sentir algum sintoma persistente após o término da fase aguda da doença ou mesmo depois da alta hospitalar, é imprescindível procurar um médico. Não podemos descuidar em nenhum momento”, finaliza a infectologista do Sistema Hapvida.