O Dia Mundial da Saúde Bucal, comemorado no dia 20 de março, tem como objetivo conscientizar a população quanto aos cuidados com a higiene bucal e a prevenção de problemas dentários em todas as fases da vida, principalmente na primeira infância, onde esses hábitos são ensinados e passam a fazer parte da rotina daquela criança e irão acompanhá-la por toda a sua vida.
A data também é um alerta para diminuir os índices de cárie, doenças periodontais e a perda precoce dos dentes e reforçar a importância da disseminação de informação sobre o assunto. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, 34 milhões de brasileiros com mais de 18 anos, perderam 13 dentes ou mais, e 14 milhões de pessoas perderam todos os dentes. Ainda segundo a pesquisa, menos da metade dos brasileiros consultou um dentista nos 12 meses anteriores ao levantamento.
A dentista do grupo Hapvida Interodonto, Riana Bringel ressalta a importância de iniciar os cuidados bucais desde cedo. “Desde a amamentação, a mãe já pode incentivar esses cuidados utilizando uma gaze umedecida para higienizar a gengiva do bebê. A partir do momento que o primeiro dentinho aparece, é muito importante levar essa criança ao dentista para que ela venha se familiarizar com o ambiente e os instrumentos odontológicos”.
Riana orienta que a escovação infantil deve ser realizada com a ajuda dos pais. “Como a criança ainda não tem uma destreza motora para realizar adequadamente aquela função, os pais devem dar esse suporte nesse primeiro momento, e sempre incentivando a escovação diária, ensinando-as a importância da higiene bucal para não correr o risco de uma evolução de processo carioso e outros problemas bucais”. A dentista acrescenta que esses cuidados se estendem à alimentação. “Os doces, por exemplo, por conter muito açúcares, devem ser dados de forma moderada, senão podem prejudicar a saúde bucal, por isso a importância de levar a criança desde cedo ao especialista para as devidas orientações”.
Quanto à periodicidade de levar a criança ao dentista, a especialista recomenda que ocorra de 6 em 6 meses. “Essa frequência vai estimular um tratamento adequado e fazer também com que a criança se acostume com a estrutura e ambiente do consultório odontológico. Muitas crianças têm medo de ir ao dentista, porque muitas vezes não foram acostumadas desde cedo, e isso dificulta o trabalho dos profissionais”.
