Doenças genéticas, exposição excessiva a ruídos e fones estão entre os principais fatores de risco para a saúde dos ouvidos

Doenças genéticas, exposição excessiva a ruídos e fones estão entre os principais fatores de risco para a saúde dos ouvidos

Um problema silencioso e pouco falado no Brasil, mas presente em muitos lares. A perda auditiva, caracterizada pelo comprometimento da audição, muitas vezes passa de forma despercebida por familiares e pessoas mais próximas dos pacientes acometidos pela doença, por se tratar de uma patologia progressiva.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, atualmente, há 500 milhões de pessoas com problemas auditivos em todo o mundo. Para o otorrinolaringologista do Sistema Hapvida, Thiago Silva Borges, fatores genéticos e doenças infecciosas são os principais gatilhos de desenvolvimento. “Os problemas mais comuns são de origem genética, ou seja, o paciente herda algum fator que desenvolve esse declínio. Temos ainda a perda auditiva causada por doenças secundárias, como caxumba, rubéola e otites crônicas, além da exposição excessiva a ruídos sem proteção adequada”.

Segundo o especialista, a doença que tem vários estágios e classificações, não deve ser encarada como um diagnóstico de exclusão social, uma vez que é possível identificar e tratar o distúrbio sensorial em praticamente todos os estágios da vida. “Hoje conseguimos identificar a perda auditiva já nos primeiros dias de vida, através da triagem auditiva neonatal e também na vida adulta. Existem exames como a audiometria e o processamento auditivo central, dentre outros, que tornaram o diagnóstico bem preciso”, esclarece.

Assim como qualquer outra parte do corpo, o ouvido também precisa de cuidados básicos que vão desde a higiene, por meio da limpeza externa com uma toalha úmida para retirar o excesso de cera, que é um mecanismo natural de proteção do sistema auditivo, até o uso controlado de fones. “Estes são dois pontos importantes. Quanto a limpeza, as famosas hastes flexíveis jamais devem ser usadas dentro da orelha, porque podem causar lesões graves. Já os fones de ouvido, quando usados em excesso e com o volume elevado, podem causar o comprometimento da audição”, alerta o médico destacando também para os cuidados durante o verão. “Nesta época do ano, é mais frequente o contato com a água em piscinas, rios e etc. Isso propicia uma maior umidade ao ouvido, favorecendo o desenvolvimento de processos infecciosos. Nestes casos, é preciso secar bem o ouvido com a toalha, mas de forma delicada. E, se possível, antes de fazer uso destes locais de lazer, passar pela avaliação de um especialista e receber orientações sobre os cuidados. Isso vale, principalmente, para aqueles que já têm histórico de doenças infeciosas”.

Por fim, Thiago Borges reforça a necessidade de se incluir nos exames de rotina anual, a visita ao otorrino. “Sempre devemos nos preocupar com a audição. Exames de rotina são necessários, principalmente, para as pessoas que passaram dos 60 anos. Já para os pacientes com histórico familiar ou queixa de diminuição ou perda de audição, o acompanhamento será necessário em qualquer faixa etária”. 

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