Otorrinolaringologista alerta sobre o uso contínuo dos descongestionantes e orienta sobre higienização correta
Muito comum, especialmente nas épocas mais frias e secas do ano, a obstrução nasal pode ser um sintoma de várias doenças, como gripes, desvios de septo, algum tipo de trauma no nariz e, o problema mais comum, a rinite alérgica. Para evitar o desconforto causado pelas narinas entupidas, muitas pessoas acabam usando os descongestionantes de maneira descomedida e sem a orientação de um profissional.
De acordo com André Jorge de Oliveira, otorrinolaringologista do Hapvida NotreDame Intermédica, esses medicamentos têm efeito vasoconstritor, ou seja, diminuem as estruturas internas do nariz, liberando a passagem do ar. “Esse resultado rápido é temporário. Além disso, os descongestionantes, com o uso crônico e indiscriminado, provocam o efeito rebote. O paciente tem que usar doses cada vez maiores e as poucas gotas colocadas no início podem se transformar em jatos.”
O uso em excesso pode gerar dependência do medicamento e trazer riscos à saúde como problemas cardíacos. Contudo, o médico explica que esse vício pode ser tratado sob orientação e supervisão de um especialista. ”Neste caso, o paciente terá uma necessidade maior de medicamentos e cuidados, mas uma vez sendo bem executado, o tratamento será, sim, um sucesso”.
Higiene nasal
A limpeza do nariz é simples e pode ser feita em crianças e adultos. A única mudança é no volume de líquido utilizado devido à diferença entre os tamanhos das cavidades nasais. O otorrinolaringologista explica que a melhor maneira de limpar o nariz é usando soro fisiológico 0,9% ou soluções próprias para higiene nasal. “Jamais se deve usar água, água com sal, vinagre, ou qualquer outra substância. Nariz se lava com soro fisiológico”, orienta.